terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Análise: G1 com Android

(matéria publica no globo.com.br, http://oglobo.globo.com/blogs/telefonia/#147341)
Primeiras impressões do G1 com Android





Estou desde sexta-feira com o G1, modelo do Google/HTC/T-Mobile que roda sistema operacional de código aberto Android. Confesso que as primeiras impressões foram boas - o sistema parece muito estável, tem interface simples e qualquer usuário pode lidar com o modelo mesmo não sendo um expert (me incluo neste caso, apesar de conhecer muitos aparelhos e de já ter testado uns 50). Mas sempre tento enxergar os modelos do ponto de vista do usuário comum, aquele que leva para casa o aparelho e tenta fazer amizade com o equipamento.

Quanto ao corpinho, o G1 é grandalhão e é muito semelhante a modelos já disponíveis no mercado, como o TYTN II (HTC), o N97 (Nokia) e o X1 Xperia (Sony Ericsson), deslizando a parte superior e descortinando o teclado QWERTY completo. Mas o fato de rodar Android e ter ícones dedicados ao mundo Google dá um charme especial. Desta forma, o YouTube, o Gmail, a busca do Google e o Google Maps ganharam um ícone na área de trabalho, facilitando o trabalho.

Pena que ainda não consegui configurar conexão alguma. Explico: em geral, quando um usuário tenta se conectar à internet usando um aparelho não adquirido em loja própria da operadora, esta reconhece a tentativa e envia uma mensagem de configuração, que abre as portas do aparelho para os aplicativos que necessitem da rede para funcionar. Até agora não recebi a mensagem da Oi e vou ter de correr atrás disso - pedindo à Oi ou me rendendo ao manual, que no caso do G1 que recebi da Plug Informática para testes, está em inglês.

Acho que o problema da configuração pode residir no fato de este modelo estar todinho configurado para a T-Mobile. Mas como ele veio desbloqueado, é só uma questão de buscar estas configurações (pelo menos espero que seja).

Sem conexão, ainda não pude testar o acesso à internet, assim como a função Google Maps, o Gmail, o YouTube, os programas de IM (Instant Messaging) como o Yahoo! Messenger, o Windows Live Messenger e o GTalk, além do Market, ícone que abre as portas para o universo de aplicativos já disponíveis para o G1. Ou seja, o G1 sem internet perde 90% da graça. Nem podia ser diferente num aparelho da família Google.

Universo de aplicativos que, diga-se de passagem, se expande a cada dia, uma vez que o sistema aberto permite essa interação. Está aqui a grande sacada do G1 e foi o lançamento deste modelo que motivou outros fabricantes a incluirem, em seus novos modelos, a possibilidade de abrir os aparelhos para a inserção de programetos criados por terceiros.

A câmera (de 3.15Mpx) foi uma decepção. Pouco estável, não permite fotos em movimento, apenas imagens paradas. Vou tentar refinar as configurações tentando acabar com essa deficiência, mas a princípio não gostei.

O teclado QWERTY é uma delícia, assim como o joystick em formato de bolinha que, junto com a tela sensível ao toque, facilita um bocado a navegação entre as funções.

A área de trabalho é uma graça (dá pra ver na foto) e é possível retrair e expandir o "desktop" arrastando a abinha de funções. Neste ponto, o G1 lembra muito o Omnia, da Samsung. O botão de Menu, instalado no centro do aparelho, é o retorno certo para a página principal. Outra tecla interessante é a de retornar (na parte da frente do aparelho), uma vez que dentro das funções, assim como o iPhone, não há uma opção de retorno.

Mesmo sem ter conseguido conexão, fiquei encantada com a possibilidade de abrir várias janelas de navegador ao mesmo tempo. Assim que me conectar, vou testar quantas posso abrir sem congelar a máquina, o que nos fará testar a capacidade de processamento do aparelho.

Por fim, as funções de entretenimento (MP3 player e galeria de fotos) são muito simpáticas e intuitivas. No Music Player dá para configurar álbuns e playlists de forma muito simples.

Vamos falar bastante do aparelho esta semana, ok?
Elis Monteiro - 15/12/2008